Palestra Romulo Avelar - Profissionalização da Cultura. Gestor, produtor e organizador de eventos.
No dia 13 de dezembro de 2013, na Sociedade de Concertos Sinfônicos São João del-Rei - Minas Gerais, Rua Maestro Carlos Gomes nº 75 Largo do Carmo.
No dia 13 de dezembro de 2013, na Sociedade de Concertos Sinfônicos São João del-Rei - Minas Gerais, Rua Maestro Carlos Gomes nº 75 Largo do Carmo.
Produtor e gestor cultural, Romulo Avelar foi responsável pela produção e direção de diversos espetáculos musicais. Administrador de empresas, estudou na Escola de Produção Cultural da Fundição Progresso do Rio de Janeiro. Atuou em empresas como Fiat, MBR e Teatro Alterosa, e na área pública, como Superintendente de Cultura de Contagem, Diretor de Promoção da Fundação Clóvis Salgado – Palácio das Artes, Assessor Especial da Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais e Presidente da Comissão Técnica de Análise de Projetos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Nos últimos anos, tem ministrado cursos nas áreas de produção, planejamento e gestão cultural, em várias cidades brasileiras. Atualmente trabalha como Assessor de Planejamento do Grupo Galpão e do Grupo do Beco.
RESUMO
Após enunciar os princípios que devem nortear uma gestão cultural moderna e democrática, o artigo traça um panorama da área cultural pública brasileira entre 1986 e 1994. Examina o descaso de políticos, os critérios duvidosos na escolha de dirigentes de cúpula e a falta de qualificação de seus técnicos. Fornece pistas de como fazer avançar a racionalidade administrativa indispensável para que o Estado e empresas possam engajar-se em parcerias, como acontece na maioria dos países avançados.
Palavras-chave: administração cultural, administração pública, política cultural, profissionalismo.
No Brasil, as leis de incentivo à cultura em vigor conseguem repassar efetivamente apenas entre 10 e 50% dos recursos colocados à disposição pelas empresas, por razões variadas. Estas abrangem desde a dificuldade de se encontrarem projetos em condições técnicas de serem aprovados, e também, de se montarem comissões de avaliação, até a necessidade de se encontrarem empresas dispostas a acrescentarem uma parcela de recursos próprios àquela dos impostos que deixam de recolher.
Bibliografia: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-75901996000200002&script=sci_arttext
Para participar do evento solicite sua ficha de inscrição pelo e-mail: idealizareventos@gmail.com
Embora se trate de um mandato presidencial atípico, posto que terminado pelo vice-presidente, em virtude doImpeachment do presidente eleito, o governo Fernando Collor/Itamar Franco (março de 1990/dezembro de 1994) teve nada menos do que cinco ministros da cultura, cada um com perfil diverso do anterior. Vale citar também a situação com que se defrontou o atual governo do Estado de São Paulo, iniciado em janeiro de 1995, quando constatou na administração um número enorme de funcionários contratados irregularmente. Ou seja, contratados à margem da lei, por meio de uma empresa estatal de prestação de serviços chamada Baneser, filiada ao Banco do Estado de São Paulo. Na Secretaria Estadual de Cultura, apurou-se que 1.500 de seus 2.000 funcionários estavam nessa situação e acabaram sendo demitidos. Destes, 400 foram reaproveitados de modo precário, por meio da lei no 3.131, que obriga o Governo a renovar seus contratos trimestralmente. Nessa mudança, eles perderam mais da metade da remuneração que auferiam. Com tamanho corte, a programação da Secretaria teve que ser reduzida, mas se procurou intensificar parcerias com empresas para evitar cancelamento de programas.
A rede de agências de financiamento à ciência mantidas pelo governo federal e por alguns governos estaduais no Brasil é considerada bastante satisfatória. Ela assegura a um número grande de professores e pesquisadores brasileiros oportunidade de se titularem e de se reciclarem dentro e fora do pais. Todavia, é um sistema em que os cientistas têm autonomia plena para decidir o que deve ou não ser financiado.
É absolutamente necessário que o gestor cultural conheça as funções cumpridas pela indústria cultural nos sistemas culturais das sociedades complexas, como única saída para evitar que ele se confine na retórica conservadora e equivocada que tende a somente ver, na cultura de massa, mediocridade e estereotipação.
Esta constatação é recente, mas a obsolescêncla de um megaevento como a Bienal Internacional de Artes Plásticas de São Paulo já vem sendo indicada faz um bom tempo. Ver, a respeito, a publicação a seguir, onde onde o autor imagina, com bom humor, as múltiplas atividades culturais que poderiam usar melhor a imensa área ocupada pela Bienal: KLlNTOWITZ, Jacob. 30 segundos de televisão valem mais do que dois meses de Bienal deSão Paulo: isso é bom ou ruim?
As considerações que seguem resultam da experiência apurada nas aulas e debates ocorridos desde 1994, no Curso de Administração da Cultura, organizado pelo CECC na EAESP/ FGV, embora a responsabilidade deste artigo seja só do autor.
Bibliografia: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-75901996000200002&script=sci_arttext
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